domingo, junho 15, 2025
DESTAQUENOTÍCIASREGIÃO

Santo Antônio do Aventureiro vai comemorar o seu santo padroeiro nesta semana (de 12 a 15 de junho)

Começa na próxima quinta-feira (12) uma das mais tradicionais festas católicas da região – a Festa de Santo Antônio, padroeiro do município de Santo Antônio do Aventureiro, comemorada no mundo católico no dia 13 de junho.

O evento, organizado pela Paróquia de Santo Antônio e o Conselho Econômico istrativo, tem o apoio da municipalidade aventureirense e da Polícia Militar de Minas Gerais, e contará com grandes atrações além de atos litúrgicos na Igreja Matriz e ruas da cidade.

A seguir, a programação do evento que contará com a sonorização e participação da empresa HLO Produções, leia-se Guto, Miguel e equipe:

DIA 12 DE JUNHO – QUINTA-FEIRA

19hs – Santa Missa seguida de apresentação de quadrilha com participação de estudantes e povo em geral

OBS.: Funcionamento da Cantina do Salão Paroquial – Caldos diversos

DIA13 DE JUNHO – SEXTA-FEIRA

06hs – Alvorada

10hs – Santa Missa

11h30min – Feijoada na Cantina do Salão Paroquial com música ao vivo

16hs – Procissão seguida de Santa Missa

18hs – Leilão de Bezerros, seguido de Leilão de Prendas no Salão da Igreja

21h30min – Show Católico com Marcelo e Banda

23hs – Queima de Fogos de Artifício

23h30min – Show com Matheus Andrade

00h30min – Show com Banda Raj 19

DIA 14 DE JUNHO – SÁBADO

18hs – Santa Missa com Unção aos Enfermos

20hs – Show com Felipe D’Luka

23hs – Show com Banda Força Oculta

DIA 15 DE JUNHO – DOMINGO

08hs – Ciclismo

11hs – Almoço com música ao vivo com banda Hermes Viola & Luiz

14hs – Show de Prêmios

Santo Antônio de Lisboa, de Pádua e de Santo Antônio do Aventureiro

Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua, nascido em Lisboa no dia 15 de agosto de 1195, foi um Doutor da Igreja Católica que viveu na viragem do século XII para o século XIII. Foi batizado com o nome de Fernando, mas o seu sobrenome de família é incerto, embora seja comum referir-se de Bulhões.

Primeiramente pertenceu à Ordem dos Cônegos Regulares da Santa Cruz, que seguiam a Regra de Santo Agostinho, no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou os seus estudos religiosos através da leitura da Bíblia e da literatura patrística, científica e clássica. Ingressou na Ordem dos Frades Menores (franciscanos) em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal, depois na Itália e em França, retornando posteriormente à Itália, onde encerrou sua carreira. No ano de 1221 fez parte do Capítulo Geral da Ordem em Assis, convocado pelo fundador, Francisco de Assis. Posteriormente, quando a sua eloquência e cultura teológica se tornaram conhecidas, foi nomeado mestre de teologia em Bolonha, tendo, a seguir, pregado contra os albigenses e valdenses em diversas cidades do norte da Itália e no sul de França. Em seguida foi para Pádua, onde morreu em 13 de junho de 1231.

Distinguindo-se em vida como teólogo, místico, asceta e sobretudo como notável orador e grande taumaturgo, sua grande fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica apenas 11 meses após a morte. Santo Antônio é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do período pré-universitário. Tinha grande cultura, documentada pela coletânea de sermões que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto com a literatura religiosa como com diversos aspetos das ciências profanas, referenciando-se em autoridades clássicas como Plínio, o Velho, Cícero, Séneca, Boécio, Galeno e Aristóteles, entre muitas outras. O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica do seu tempo. Lecionou em universidades italianas e sas e foi o primeiro Doutor da Igreja franciscano. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos. Hoje é visto como um dos grandes santos do Catolicismo, recebendo larga veneração e sendo o centro de rico folclore.

Santo Antônio é o padroeiro principal da cidade de Lisboa (São Vicente é o padroeiro do Patriarcado de Lisboa), sendo também o padroeiro secundário de Portugal (a padroeira principal é Nossa Senhora da Conceição). É igualmente padroeiro da cidade italiana de Pádua.

A sua fama de santidade era tamanha que, imediatamente após seu falecimento, o Papa criou uma comissão para proceder à sua canonização. Foi canonizado no ano seguinte, em 30 de maio, pelo papa Gregório IX, em cerimônia na Catedral de Espoleto, quando o novo santo foi elogiado em altos termos. A canonização dele em menos de um ano é a segunda mais rápida da história da Igreja Católica (atrás apenas de São Pedro de Verona). No seu processo, a Igreja considerou 53 relatos de milagres da época, coletados por meio de religiosos incumbidos de entrevistar populares em diversas regiões por onde andou António em vida.

Os seus restos mortais repousam desde 1263 na Basílica de Santo Antônio de Pádua, construída em sua memória logo após a sua canonização. Quando a sua tumba foi aberta para iniciar o processo de transladação dos despojos, a sua língua foi encontrada incorrupta, e São Boaventura, presente no ato, disse que o milagre era prova de que sua pregação era inspirada por Deus. Em 1315 as suas relíquias foram transferidas para uma nova capela na basílica. Foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII em 16 de janeiro de 1946, com o título de Doctor Evangelicus (Doutor Evangélico), e é comemorado no dia 13 de junho.

Fonte: Wikipédia / Google

Santo Antônio e a tradição no Brasil

Na tradição lusófona, Santo Antônio está acima de todos em prestígio. A sua veneração foi levada de Portugal para o Brasil, onde se enraizou rapidamente e também dominou o coração do povo. Na esquadra de Pedro Álvares Cabral, que aportou no território em 22 de abril de 1500, consta que iam oito frades franciscanos. Sendo eles franciscanos e sendo eles portugueses, é altamente provável que tenham trazido a bordo uma imagem de Santo António. E, nas suas primeiras rezas em solo brasileiro, é natural que tenham recorrido à intercessão do santo. Logo no início da colonização brasileira, foram erguidos conventos franciscanos — o mais antigo, em Olinda, em 1585, depois em 1608, o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, em 1640 em Santos e, em 1642, em São Paulo.

Era tanta a familiaridade que o santo inspirava, que ou a ser uma espécie de “propriedade privada” de todos. Como relatou Grillot de Givry (1875–1929), “não há casa que o não venere no seu oratório e não satisfeita ainda com isso a comum devoção dos fiéis, cada um quer ter só para si o seu Santo António”. Estava em toda parte: “nos nichos de pedra, pintado em azulejos, a guardar as casas, em caixilhos de seda à cabeceira da cama a vigiar-nos o sono, nos escapulários e bentinhos junto ao peito, a acautelar-nos os os, esculpido e pintado para preservar dos perigos, pintados nas caixas de esmola, nos santuários e oratórios”.

A familiaridade com que era tratado criou práticas esdrúxulas no culto popular. Se um pedido não era atendido, a imagem do santo podia ser submetida a torturas e castigos. Deitavam-na de barriga para o chão e punham-lhe uma pedra em cima; escondiam-na num poço escuro, retiravam-lhe o Menino Jesus dos braços, ou arrancavam-lhe o resplendor. Acreditava-se que o castigo acelerava a concessão da graça, e explicavam a violência dizendo que em sua juventude o santo desejara morrer martirizado em nome da fé.

É um dos santos honrados nas popularíssimas festas juninas e diversos costumes folclóricos estão ligados a ele. A título de exemplo, no Brasil moças casadoiras retiram o Menino Jesus das estátuas e só o devolvem quando arranjam casamento; uma prece especial, os “responsos”, são feitas para que ele ajude a encontrar objetos perdidos; no dia da sua festa muitas igrejas distribuem pães especialmente abençoados, os “pãezinhos de Santo Antônio”, que devem ser guardados numa lata de mantimentos para que não falte alimento na casa.

Fonte: Wikipédia / Google