Pesquisador alemparaibano resgata bastidores do clássico A Noiva da Cidade em projeto financiado pela Lei Paulo Gustavo
As luzes da memória do cinema brasileiro voltam a brilhar com força em Minas Gerais. O historiador e pesquisador cultural André Martins Borges, natural de Além Paraíba, está mergulhado em um minucioso trabalho de investigação sobre a produção do filme A Noiva da Cidade, dirigido por Alex Viany e com roteiro de Humberto Mauro, considerado o pai do cinema brasileiro.
O projeto, contemplado pelo Edital LPG 04/2023 – Apoio à Formação, Difusão e Preservação do Audiovisual Mineiro, com recursos da Lei Paulo Gustavo – SECULT/MG, visa resgatar histórias, curiosidades e bastidores pouco conhecidos da obra filmada em parte na Zona da Mata Mineira. O resultado será a publicação de um livro digital previsto para setembro de 2025, reunindo entrevistas exclusivas, documentos históricos e imagens raras.
“Mais do que contar a história de um filme, esse trabalho busca iluminar o contexto regional e os personagens reais que contribuíram para sua realização. A Noiva da Cidade é um elo entre a tradição do cinema de estúdio brasileiro e a cultura interiorana de Minas Gerais, e merece ser redescoberta pelo grande público”, afirma André.
Na última sexta-feira (23), o projeto avançou com a realização de duas entrevistas importantes na cidade de Volta Grande/MG com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura. Os depoimentos colhidos ajudam a reconstruir a memória viva da produção e suas relações com o território, especialmente por meio de relatos de moradores que acompanharam as gravações ou participaram indiretamente da obra. Em novembro de 2024, pesquisas foram realizadas na Cinemateca Brasileira em São Paulo/SP e, em junho, será a vez de Cataguases e Rio de Janeiro.
A pesquisa também destaca a colaboração entre Alex Viany e Humberto Mauro, dois nomes fundamentais na história do cinema nacional, e como A Noiva da Cidade se insere em um momento de transição cultural e técnica do audiovisual brasileiro.
O livro digital será disponibilizado gratuitamente ao público e promete ser uma contribuição relevante para pesquisadores, cinéfilos e educadores interessados na preservação da memória cinematográfica brasileira.
A obra já conta com mais de 50 páginas e ainda está em fase de elaboração. Vale ressaltar, a pesquisa conta também com a pesquisadora Elisa Garcia Finamore que contribuiu com o trabalho de pesquisa na Cinemateca Brasileira, bem como conta com contribuições do CATv (Centro Técnico Audiovisual do Ministério da Cultura) e da antiga Embrafilme..
O trabalho é financiado com recursos da Lei Complementar 195/2022 – Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, com foco na valorização do audiovisual mineiro e sua história.
Fonte: Ascom MHCN
