Balanço do Show de Prêmios em favor do Hospital São Salvador ainda não foi revelado
Informações oficiosas dão conta de que foram apurados cerca de R$ 1,6 milhão com venda das cartelas.

O balanço do show de prêmios em favor do Hospital São Salvador, realizado no último domingo (18), resultado que interessa a toda população que não mediu esforços para adquirir as cartelas à venda, ainda não foi concluído.
Vale ressaltar, milhares de pessoas, entre alemparaibanos e moradores de cidades vizinhas, tomaram conta de todo espaço utilizado para a realização da tradicional FEXPO, na Ilha do Lazareto, e participaram do evento em benefício ao Hospital São Salvador que contou com o sorteio de cinco carros zero Km e mais uma motocicleta como prêmio extra – o sorteio da moto foi em benefício da entidade Voluntárias Sociais.
A vice-prefeita Guaraciaba Germello de Marca, a Guará, que esteve à frente da organização do evento, informou à Redação do Jornal Comunicação (Rádio N – Reinaldo Tavares), que os acertos de algumas cartelas vendidas ainda não teriam sido efetivados e somente após todo o processo concluído seria possível chegar aos números finais.
População aguarda o resultado do “bingo”
Pelos bastidores das notícias envolvendo o “bingo” realizado no último domingo, existem afirmativas de que o evento teria vendido o equivalente a mais de R$ 1,6 milhão em cartelas que foram colocadas a venda. Um comerciante que colocou seu estabelecimento disponível para servir como ponto de vendas, afirmou oficiosamente que vendeu centenas de cartelas, não revelando quanto em dinheiro apurou.
Ainda pelos bastidores, pessoas literalmente desavisadas de quanto o HSS poderá receber da empresa organizadora do evento, chegaram a afirmar ao editor do Jornal Além Parahyba, em conversa informal no interior de uma conhecida panificadora existente no bairro de Vila Laroca, que a entidade ainda sob intervenção pela municipalidade deve receber mais de R$ 1 milhão, um valor literalmente irreal já que, ao que parece, a dita organizadora do evento rearia algo em torno de 20% do valor líquido arrecadado com a venda das cartelas. Pelos cálculos oficiosos, o HSS e a entidade Voluntárias Sociais devem receber, somadas as partes devidas, entre R$ 150 mil e R$ 200 mil. (Será?).
Acredita-se que o valor destinado para o HSS não será capaz de tapar uma cárie do rombo causado pela municipalidade com a intervenção
Se os cálculos de quanto o HSS e a entidade Voluntárias Sociais, que poderá ser entre R$ 150 mil e R$ 200 mil, devem receber dos organizadores do show de prêmios, tal valor não é capaz de cobrir 2% do rombo causado pela intervenção municipal provocada pelo ex-prefeito alemparaibano.
Explica-se:
Quando o médico Dr. Rafael Gracioli assumiu a provedoria do Hospital São Salvador, entidade de personalidade jurídica criada em 1907 pelo médico baiano Dr. Paulo Joaquim da Fonseca que também foi prefeito do município, a dívida recebida era de algo em torno de R$ 15 / 16 milhões.
Um hercúleo trabalho de saneamento foi iniciado com resultados surpreendentes, valendo ressaltar que entre o período que Dr. Rafael esteve à frente da instituição inúmeras obras foram realizadas, entre estas a literal recuperação de todo o telhado do HSS, a troca de todo o piso da mesma (da porta de entrada até o último corredor, aí incluídos quatros, apartamentos, UTI, centro cirúrgico, etc.), adquiriu-se 10 respiradores para a UTI e outros equipamentos, quitou parte da dívida existente junto a empresa concessionária de energia elétrica pagando sempre o boleto do mês e outro mais atrasado, etc.
Diante de tudo o que foi realizado, quando da intervenção a dívida, que como já citado era calculada entre R$ 15 / 16 milhões, estava estimada em cerca de R$ 9 milhões, ou seja, caíra em torno de 30/35%. Daí, se levado em conta tais valores, a intervenção provocada pela municipalidade causou um prejuízo ainda maior, algo em torno de R$ 18 / 20 milhões que somado leva a crer que atualmente a dívida do HSS gira em torno de quase, se não ar disso, R$ 30 milhões.
Com tais números, no entendimento de muitos tal valor acrescido deveria ser de responsabilidade da municipalidade que até o momento não se dignou a devolver a instituição a quem de direito, ou seja, ao Conselho Diretor que foi afastado juntamente com Dr. Rafael Gracioli e equipe. Ao contrário, é o que se especula pelos bastidores, a municipalidade estaria propensa a formar junto com alguns empresários locais um novo Conselho, quem sabe até entregar a Provedoria à entidade Voluntárias Sociais, o que seria uma literal aberração.
Pergunta-se:
· Onde estavam esses pretensos empresários quando o HSS vivia quase que com o pires nas mãos, mas conseguia alcançar excelentes resultados como o de diminuir a dívida de algo em torno de R$ 15/16 milhões para R$ 9 milhões?
· Por que tal intervenção até o momento, já comprovado como algo esdrúxulo e de cunho pessoal quando de sua aplicação, não foi arquivada, devolvendo a quem de direito, no caso específico o seu Conselho Diretor, pela municipalidade?
· Por que esse direcionamento de entregar o HSS para a entidade Voluntárias Sociais que, é de ciência de todos, apesar de alguns bons serviços prestados sempre serviu como trampolim eleitoral?
Finalizando, com relação ao “bingo”, acredita-se que, apesar de bem-vindo tal valor, não cobrirá 2% do rombo causado pela municipalidade anterior, valor que a atual istração municipal herdou e, é o que parece, nenhuma atitude junto ao Ministério Público e ao Judiciário até o momento não tomou.
Agora resta esperar saber quanto será o valor que será reado ao HSS, bem como à entidade Voluntárias Sociais.
Em tempo: qual o nome da empresa organizadora do “bingo”, seu CNPJ, etc.?