quarta-feira, maio 28, 2025
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Trilhos, grampos e placas de fixação em dormentes estão sendo furtados no trecho entre Fernando Lobo e São Geraldo

Caminhões que compram ferro-velho que circulam na região já adquiriram grande quantidade desses furtos. Autoridades, até mesmo federais, já teriam sido comunicadas do fato, até o momento sem que nenhum resultado prático tenha sido revelado.

Denúncia de fonte de altíssima confiança relatada ao Jornal Além Parahyba na manhã desta quarta-feira, 21 de agosto, revelou que uma série de furtos vem ocorrendo no leito ferroviário entre a localidade de Fernando Lobo (Além Paraíba) e São Geraldo (Volta Grande), onde os “Amigos do Alheio” levam grampos, placas de fixação e trilhos que são vendidos para pequenos produtores rurais e compradores de ferro-velho que circulam com caminhões na região.

O denunciante, como salientado de grande credibilidade junto ao veículo de comunicação, revelou ainda que os larápios estão utilizando até mesmo maçaricos para cortar os trilhos, sempre durante o dia já que tal trabalho se realizado durante a noite certamente chamaria a atenção. Os pedaços de trilhos seriam vendidos para produtores rurais da região que os utilizam na fabricação de mata-burros, mourões de cercas, etc. Recentemente, diz ainda, um caminhão de compra de ferro-velho, oriundo de uma cidade da região localizada na região serrana fluminense próxima de Teresópolis, teria comprado de um atravessador uma grande quantidade de grampos e placas de fixação, até mesmo de pedaços de trilhos.

Segundo um rápido levantamento sobre que providências teriam sido tomadas até o momento, o editor do Jornal Além Parahyba, Flávio Senra, teve conhecimento que os furtos já teriam sido comunicados à VLi (Vale do Rio Doce), em Brasília, empresa a que pertence o trecho ferroviário que até pouco tempos atrás era utilizado pela Ferrovia Centro-Atlântico (FCA). Também as autoridades policiais militares e civis da região já teriam sido notificadas dos furtos, valendo ressaltar que tal crime é contra a União, ou seja, é um crime federal.

Não existem informações se as autoridades policiais de Além Paraíba e de Volta Grande tenham tomado qualquer iniciativa em investigar e descobrir quem são os larápios, os atravessadores e o compradores desse material, todos eles em verdade criminosos.

Em contato direto com Cyntia Nascimento, presidente da ONG Amigos do Trem que vem trabalhando arduamente na revitalização do trecho ferroviário entre Três Rios e Cataguases com o Projeto do Trem de Turismo, a organização também promoveu denúncias junto às autoridades policiais, em Brasília e região. Cyntia salientou que, ao contrário do que muitos afirmam por total desconhecimento, o projeto do Trem de Turismo segue a os largos para dar inicio às suas atividades, faltando apenas, além de alguns trâmites burocráticos, a recuperação do trecho do leito ferroviário entre Sapucaia e Cataguases, isto porque entre Três Rios e Sapucaia todo o trecho já foi restaurado.

Caso o trecho entre Sapucaia e Além Paraíba venha ser restaurado, o Trem de Turismo já poderá dar início às suas atividades, mesmo que parcialmente.