sexta-feira, maio 23, 2025
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Delegados são alvos de operação por pedirem R$ 5 mil para não investigarem crime

Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão em Carmo e Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.

Crime teria ocorrido na 151ª Delegacia de Polícia de Nova Friburgo, na Região Serrana. (Foto: Reprodução Redes Sociais

Rio – Dois delegados são alvos de uma operação na manhã de segunda-feira (29), acusados de pedirem R$ 5 mil para cada uma de duas vítimas para não investigarem um suposto crime eleitoral em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, em 2022. O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio (Gaeco/ MPRJ) cumpre quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Júlio César Pyrrho de Carvalho e Henrique Paulo Mesquita Pessoa, em Nova Friburgo e Carmo.

Os dois policiais foram denunciados pelo Gaeco/MPRJ pelo crime de concussão, ato criminoso praticados por funcionário público contra a istração. Consiste em exigir, para si ou para outra pessoa, vantagem indevida. A pedido do Ministério Público, os mandados da Operação Aedos foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Nova Friburgo.

Segundo informações apuradas em procedimento investigatório criminal (PIC) do Gaeco/MPRJ, na época dos fatos, os delegados estavam lotados na 151ª DP (Nova Friburgo). O crime aconteceu em 07 de novembro de 2022. No último dia 4, Henrique Pessoa, que até então era titular da delegacia foi transferido para comandar a distrital de Carmo. Júlio César Pyrrho permanece na DP de Nova Friburgo.

A denúncia descreve que os delegados exigiram de duas vítimas, no exercício da função e dentro da própria delegacia, o valor R$ 5 mil de cada uma. A exigência seria para não dar prosseguimento às investigações referentes a um registro de ocorrência sobre eventual crime eleitoral, em trâmite naquela delegacia. As vítimas procuraram a Corregedoria de Polícia Civil e o Ministério Público para denunciar o crime.

Em grego, o termo que dá nome à operação, Aedos, significa vergonha. A ação tem o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Corregedoria de Polícia Civil.

Fonte: Jornal O Dia