Existe cerca de 70 ações contra o Hospital São Salvador na Justiça do Trabalho que podem chegar a mais de R$ 3,5 milhões
Ações sobre demissões sem o pagamento de FGTS, 13º salário, férias proporcionais e outros direitos dos demitidos, além de não pagamento de plantões e sobreavisos de médicos foram movidas no TRT de Cataguases e até mesmo em Olinda e Recife (PE) e em São Paulo (SP).

Alguns dias atrás, o que era parte de um pesadelo para os colaboradores do Hospital São Salvador acabou sendo solucionado, isto porque os 75% restantes do 13º salário referente ao ano de 2022 finalmente foi pago pela interventoria que comanda o destino da instituição desde janeiro do ano ado graças a um decreto municipal de intervenção promovido pelo prefeito Miguel Belmiro de Souza Júnior, o Miguelzinho. De lá para cá, deve ser ressaltado, a situação do HSS se transformou numa doença crônica, isto porque a incompetência e a falta de uma gestão séria já que todos os interventores que por lá aram somente souberam balançar a cabeça tal e qual uma vaca de presépio aos mandos e desmandos do gestor municipal. Como resultado desta aberração criada, a instituição ou a viver com um verdadeiro caos devido os constantes atrasos de pagamentos aos seus colaboradores (muitos sofrendo perseguições constantes), foi criado um débito junto a cerca de dez profissionais médicos que não recebiam em dia o que lhes era devido por plantões e sobreavisos, a falta de medicamentos que são ministrados aos pacientes internados, a quebra de equipamentos (Raios X, tomógrafo e outros), o HSS, que sempre viveu dificuldades financeiras, mas que eram sanadas graças a competência de seus provedores acabou virando um verdadeiro inferno.
Recentemente, não bastassem também os reclamos da população que sentiu na pele a destruição que ainda ocorre, vários colaboradores foram demitidos sem que a interventoria cumprisse com sua obrigação, ou seja, a liberação do FGTS e dos 40% deste valor que é obrigatório, o pagamento da parte do 13º salário de 2022 e deste ano de 2023, das férias vencidas e proporcionais e do aviso prévio, horas extras, etc. Após vários dias de espera por uma solução das pendências, o grupo de demitidos acabou buscando auxílio junto ao Tribunal Regional do Trabalho de Cataguases, e pasmem os leitores, a estas ações foram encontradas outras movidas durante a intervenção municipal e hoje, segundo consulta no Sistema Infojud, existem cerca de 70 ações, algumas até mesmo fora da jurisdição cataguasense já que também existem em Recife e Olinda, no Estado de Pernambuco, e em São Paulo, isto porque seus reclamantes agora residem nestas localidades.
Num levantamento junto algumas partes envolvidas, grande parcela das ações giram entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, valendo ressaltar que existem algumas com valores bem acima de R$ 100 mil. Hipoteticamente, o valor total das ações pode ultraar a casa de algo em torno de R$ 3,5 milhões, o que seria, já que a municipalidade é a responsável direta por este caos, de responsabilidade não da instituição, mas da Prefeitura Municipal de Além Paraíba isto porque quem promoveu a intervenção foi justamente o seu gestor, no caso o prefeito Miguel Belmiro de Souza Júnior.
Colaboradores do HSS…
Diante de tamanho pesadelo nunca vivido em toda a sua história, alguns colaboradores do HSS foram ouvidos oficiosamente sobre o assunto, todos solicitando o total sigilo em seus nomes por receio as perseguições que teriam ado a ser uma regra desde o início da intervenção municipal. Todos, sem exceção, afirmaram que antes da intervenção os salários eram pagos, na maioria das vezes, dentro do prazo legal, e quando viesse a ser pago com atraso sempre os provedores comunicavam com antecedência de quantos dias poderia atrasar. E quando de atraso este não ava de cinco dias, foi a afirmativa unânime. Sobre o 13º salário, este sempre foi pago dentro das datas limites, ou seja, o direito do trabalhador do HSS sempre foi respeitado apesar de todas as dificuldades financeiras que eram comuns.
Os provedores citados pelos colaboradores, todos com elogios, foram: Elias Bouhid, José Eduardo Lamóglia Delphino, Miguel Belmiro de Souza, Paulo Roberto Ragone de Oliveira, Fernando “arinho” e Rafael Gracioli, o último alvo direto do ato absurdo promovido pelo prefeito Miguelzinho.
Apesar do recebimento dos 75% restantes do 13º salário, valendo ressaltar que o atraso foi de quase dez meses, os colaboradores do Hospital São Salvador já começam a viver a angústia sobre o pagamento ou não referente a este ano de 2023. Segundo as regras que regem a CLT, 50% deve ser pago obrigatoriamente até o dia 31 de novembro, ou seja, daqui a 42 dias a contar de hoje, 20/10/2023. Já os 50% restantes, o pagamento deve ser efetuado até o dia 20 de dezembro.
Diante do caos em que toda população alemparaibana e da região testemunha existir no Hospital São Salvador, nenhum dos colaboradores ouvidos acreditam que neste ano de 2023 o 13º será honrado como deveria. Qual a sua opinião?