Angustura se transformou, mais uma vez, em terra sem lei no último final de semana
Ameaças e tiros foram desferidos a esmo por um conhecido dublê de empresário/produtor rural angusturense que por sinal é um dos organizadores do “Angu Jazz”, evento que será realizado na localidade neste final de semana.


Ao final da noite do último sábado (24), o distrito alemparaibano de Angustura se transformou, mais uma vez, em uma terra sem lei, onde tudo pode e, por falta do compromisso das autoridades constituídas, em especial o Executivo e o Legislativo Municipal, inexiste uma unidade policial militar instalada, o que, aliás, faz parte das reivindicações do povo angusturense por mais de duas décadas.
Segundo informações de moradores e imagens de vídeo que circularam pelas redes sociais, sem contar que o editor do Jornal Além Parahyba se encontrava na localidade e teve a oportunidade de conversar com várias testemunhas e algumas partes envolvidas no fato, um conhecido empresário e produtor rural, integrante do grupo que está organizando um evento que será realizado no próximo final de semana – o “Angu Jazz”, foi o grande protagonista de tiros disparados a esmo em dois locais distintos que à ocasião tinham um bom público presente servindo de alvo.
Tudo teve início quando o dito protagonista, FPF (infelizmente somos obrigados a noticiar apenas as iniciais de seu nome devido as novas regras judiciais), também dono de uma pousada que terá parte de suas dependências servindo de “restaurante” para os visitantes durante a realização do já mencionado evento, e sua esposa se dirigiram a uma lanchonete localizada na Rua Coronel Alfredo Vilela, onde esta teria tecido críticas ofensivas a um petisco que lhes fora servido. Tal citação acabou resultando em um bate-boca seguido de agressões, que resultaram numa rápida saída do dublê de empresário/produtor rural até sua pousada que retornou empunhando armas de fogo – pistolas e espingarda calibre 12, disparando a esmo e intimidando os presentes. Vale ressaltar, um filho da proprietária da lanchonete, de 15 anos, portanto um menor de idade, segundo testemunhas teve uma das armas colocada em seu rosto ouvindo xingamentos e ameaças.
Não bastasse o protagonismo típico de filmes de bang-bang, “N…inho”, como é tratado naquela localidade, se dirigiu até outro bar, este localizado na Rua Manoel Rocha Moutinho, mais conhecida com Rua do Vai e Volta, a procura de um certo indivíduo que havia destratado o nome de seu irmão recentemente falecido, afirmando em alto e bom som que “ia acabar com ele”. Chegando ao dito bar, aos gritos inicialmente empunhando a espingarda calibre 12, a seguir disparando a pistola, que seria um calibre 380, a esmo, FPF teve à sua frente o angusturense Marino Pandeló que tentou desarmá-lo. Neste momento a arma disparou e o projétil atingiu de raspão o topo da cabeça de Marinho – dois centímetros mais baixo e este certamente estaria morto. Diante da situação, certamente enxergando a lambança que estava cometendo numa localidade onde tem vários amigos e o viu crescer, sem contar que é um dos responsáveis pela organização de um grande evento que está marcado para os próximos dias e deve receber, se é que agora vai, visitantes de várias cidades da região até mesmo de grandes centros, “N*…inho” saiu do bar acompanhado de sua esposa e se dirigiu para sua pousada. Vale ressaltar, testemunhas afirmam que a esposa de FPF também entrou no segundo bar empunhando a espingarda e ameaçando os presentes que atônitos tentavam em vão sair do local.

ados alguns minutos, talvez vinte, um grupo de policiais militares de Santo Antônio do Aventureiro, minutos depois de Além Paraíba, chegaram até Angustura onde deram início a uma busca pelo autor do tiroteio, o encontrando na pousada. Lá, lhe foi solicitado a entrega das armas de devidos registros que não existiam, a seguir dado voz de prisão em flagrante por várias situações, entre elas a de tentativa de homicídio, posse e uso de arma de fogo ilegal, lesão corporal, ameaça com arma de fogo a menor vulnerável e outros, embriaguês ao volante, tumulto generalizado colocando a vida de inocentes em risco, etc.
Levado até o Hospital São Salvador, pra os exames de praxe, FPF foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Leopoldina, onde ficou detido até a manhã desta segunda-feira, ocasião em que foi encaminhado para a DP de Além Paraíba. Marino Pandeló também foi encaminhado até o HSS onde foi realizado exame de corpo delito, e junto de outras testemunhas também foi levado até Leopoldina para prestar esclarecimentos. Segundo Marino, “N*…inho” por várias vezes lhe solicitou que amenizasse os fatos ocorridos, o que lhe teria sido negado.
No inicio da tarde desta segunda-feira, na rede social alguns questionamentos sobre a realização do evento “Angu Jazz” foram levados a público, a maioria contrária à sua realização. Grande parte da população, é o que se ouve pelas ruas angusturense, é do povo local boicotar todo e qualquer evento que possam ser realizados por FPF e aqueles que são seus parceiros, valendo ressaltar que entre estes está a Prefeitura Municipal de Além Paraíba.
Duas outras situações levantadas são: “Até quando FPF vai ficar detido, o que muitos acreditam não ar de dois/três dias no máximo? “Só pobre fica na cadeia! Quem tem grama arranja um bom advogado e sai livre pela porta da frente da delegacia”, é a afirmativa que circula nas ruas angusturenses. A segunda situação levada a público é de que o telefone celular do detido estaria enviando mensagens confirmando a realização o “Angu Jazz” no final de semana…
Nos vídeos apresentados abaixo, FPF ergue a espingarda calibre 12 ameaçadoramente…