O P I N I Ã O
“Prefeito, pede pra cagar e sai!”

Por Flávio Senra (*)
Dias atrás, batendo um papo aberto numa roda de amigos em que entre os vários assuntos pautados estava até mesmo a situação crítica em que estava o Flamengo do Vitor Pereira, o que mais reverberou foi a situação em que se encontra o Hospital São Salvador. Por unanimidade foi afirmado que se arrependimento matasse o prefeito já estaria no seu centésimo velório, e olha que sequer sabíamos que os médicos que fazem plantão e sobreaviso tinham assinado o documento que deixou o povo alemparaibano mais assustado do que ar em encruzilhada próxima de um cemitério à meia-noite de uma sexta-feira 13.
A intervenção promovida pelo prefeito Miguelzinho através de um decreto municipal tornou-se, foi também unanimidade junto aos meus companheiros de copo e de grude, um tremendo tiro no seu pé. Até agora, é o que temos conhecimento e acreditamos que debaixo desse angu tem picanha maior do que a que o presidente Lula prometeu e até agora não cumpriu, tudo não a de uma tremenda bazófia que, infelizmente e graças as artimanhas de seus advogados, enganou até mesmo o Ministério Público e o Poder Judiciário, tanto que estes dois órgãos até agora, cerca de 15 meses ados, nenhuma prova possui que possa incriminar o provedor afastado Dr. Rafael Gracioli e a enfermeira Bethânia Reis, aliás, irmã do prefeito que covardemente foi afastada do cargo de secretária municipal de Saúde ao final da madrugada de um domingo, através de Rede Social. Vale ressaltar, as más línguas afirmam que quando a publicação da portaria exonerando Bethânia, algumas biritas tinham sido consumidas madrugada adentro. Se verdadeira tal afirmativa, não podemos garantir, mas que comentários à ocasião existiram, isto é um fato.
Quando da intervenção, cujo decreto é datado de 08/01/2022, um verdadeiro carnaval fora de época foi promovido pela claque do prefeito e seus assessores, entre estes o seu chefe de gabinete que acabou sendo escolhido para ser o primeiro interventor da instituição criada no ano de 1908 pelo médico Dr. Paulo Joaquim da Fonseca, também prefeito de Além Paraíba entre os anos de 1895 e 1898. Ressalta-se, somente para exemplificar o quão danosa foi a intervenção, entre tantas lambanças tentou-se até mesmo vender para a sucata um aparelho de Raios-X, sob a alegação de que era muito antigo. Antigo ele até era, mas o seu funcionamento era e é como fosse um automóvel zero quilômetro.
Ainda sob o comando do citado, foi constatado que um de seus comandados esteve desviando combustível utilizando requisições do HSS no Ilha Posto, na Ilha do Lazareto, abastecendo seu próprio automóvel. Por incrível que possa parecer, mesmo tendo sido noticiado em Rede Social e até mesmo pela imprensa alemparaibana, um pano quente foi colocado em cima das denúncias, e o assunto até hoje é tabu não somente nas dependências do HSS, mas também na Casa do Legislativo Municipal, local que abriga os “fiscais” do povo, a maioria, é o que parece, subserviente aos ditos e não ditos daquele que tem assento na cadeira do poder executivo alemparaibano.
Outra situação que circulou bastante em Rede Social seria de que Miguelzinho, filho do ex-prefeito Miguel Belmiro de Souza, que também foi provedor do HSS e como tantos outros médicos alemparaibanos fazia atendimento particular nas dependências da instituição bem como deixou de pagar várias contas já que faltavam, como faltam até hoje, recursos financeiros que supram as despesas inerentes ao seu funcionamento, queria a todo custo fazer com que seu irmão fosse eleito para ser o titular da provedoria. Como não conseguiu, até mesmo o Egrégio Conselho do HSS sofreu intervenção.
Sem citar outras situações sobre o Hospital São Salvador já apresentadas neste Site do Jornal Além Parahyba, nenhuma delas contestadas por sua majestade soberana e indelével, indubitavelmente o prefeito Miguelzinho, a quem fui proibido judicialmente de chamar por “Juninho” pois poderia ser processado, tomou o hospital sabendo o que poderia acontecer. Tal afirmativa surgiu no encontro em que participei, tanto que um dos honoráveis amigos-participantes chegou a mencionar que “ele tomou o hospital de pirraça para deixar isto acontecer e ainda acha que salvou a instituição.”
Pode parecer até engraçado, mas ao final do bate papo, depois de alguns copos de cerveja e até mesmo de algumas doses de um bom escocês, com uma sonora gargalhada um de nossos parceiros disse em alto e bom som: “PREFEITO, PEDE PRA CAGAR E SAI!”
(*) Flávio Senra é editor do Site/Jornal Além Parahyba desde junho de 1993