PCC usava termos Flamengo, Fluminense e Tokio para esconder plano de matar Moro
Decisão judicial mostra tentativa de ocultar planejamento dos atentados.

O Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que trabalhava em um plano para ass autoridades da República, entre elas o senador Sergio Moro (União-PR) utilizava codinomes e termos para camuflar as iniciatvias criminosas. Na decisão da juíza Gabriela Hardt, da Justiça Federal do Paraná, aparecem informações que mostram, por exemplo, que o ex-juiz era chamado de “Tokio”. Nomes de times de futebol também eram usados. O termo sequestro era sempre substituído por “Flamengo”, enquanto “Fluminense” substituía o termo “ação”.
Os criminosos também se refereiam ao México quando queriam falar sobre o Mato Grosso do Sul. “Em suas contas de e-mail, foram observados diversos arquivos descrevendo despesas para viagens, materiais, veículos, combustível, aluguéis etc., fazendo referência aos códigos ‘Flamengo’, ‘Fluminense’, ‘Tokio’ e ‘México'”, aponta a decisão, ao analisar a quebra de sigilo telefônico e telemático de um dos suspeitos.
Na quarta-feira (22), a Polícia Federal cumpriu uma operação contra a organização criminosa. Entre os ataques planejados, estavam homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Um dos alvos era o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Outro seria o promotor de Justiça de SP Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco). O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também poderia ser um dos alvos.
Fonte: O Tempo / Brasília