TSE diz que votos brancos e nulos superaram 5,4 milhões
Bolsonaro ataca institutos de pesquisas. Deputado apresentará projeto de lei que criminaliza as pesquisas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que 5,4 milhões de eleitores votaram em branco ou nulo no primeiro turno das eleições, que ocorreu ontem, domingo (2). Segundo a corte, isso corresponde a 4,4% do total de votos. Ainda segundo o Tribunal, o índice de abstenção no primeiro turno foi de 20,9%. Segundo a Corte, 32,7 milhões de brasileiros não compareceram às urnas para votar.
Uma das maiores abstenções foi registrada no Rio de Janeiro (22,7%), onde 2.916.893 eleitores não votaram. Outros estados que também tiveram alto índice de abstenção foram Minas Gerais (22,2%), que não contou com os votos de 3.618.416 eleitores; e São Paulo (21,6%), onde 7.495.213 de eleitores não votaram.
Bolsonaro ataca institutos de pesquisas
Em pronunciamento após confirmação do segundo turno, na noite de ontem, domingo (2), o presidente Jair Bolsonaro atacou os institutos de pesquisa afirmando que eles estão “desmoralizados”.
“Acho que se desmoralizou de vez os institutos de pesquisa. O Datafolha estava dando 51 a 30 e pouco, a diferença foi quatro, isso tudo ajuda a levar voto para o outro lado e isso vai deixar de existir. Até porque acho que não vão continuar fazendo pesquisa, não é possível.”
Ao ser questionado sobre a confiança nos números divulgados pelas urnas e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente respondeu que irá aguardar um parecer das Forças Armadas.
Deputado apresentará projeto de lei que criminaliza pesquisas
O ataque às pesquisas eleitorais virou prioridade absoluta do governo do presidente Jair Bolsonaro. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, anunciou que apresentará, já nesta segunda-feira, 03, um projeto de lei que criminaliza o erro nas pesquisas.
Em entrevista, logo após a votação, Barros disse que seu projeto estabelecerá punições severas aos institutos de pesquisas cujos resultados dos levantamentos, às vésperas das eleições, ultraarem a margem de erro. “Não dá mais para fazer pesquisa fria com tanto descaramento”, afirmou Barros.
Fonte: Rádio N